EDUARDO

Não o venceram as maleitas hepáticas,mas sim o famigerado coração.
Podia-se discordar dele,na Literatura ou na Política, mas a ninguém (dos ninguéns que lêem livros, jornais, crónicas) deixava indiferente. Mente brilhante, sem dúvida e que instituiu um novo discurso na nossa crítica literária.
Em Portugal - ou será uma questão mais alargada? - estão a desaparecer "cabeças" e a aparecer imensos "pés".
Vi uma reportagem na TV, com uns miúdos esfalfados a "futebolar". E um deles dizia:
- Quero ser como o Ronaldo e ir para o Manchester. Não quero ir para a Escola, porque fico muito cansado das mãos a escrever.
Aqui há uns anos, os gaiatos diziam que queriam ser astronautas...
Adeus Eduardo. Eu,que deixei de comprar o "Público", amanhã vou comprá-lo para ler a tua Crónica. Um género tão em cima do instante actual, mas que se deixa ultrapassar pela ficcionista e poeta implacável: Madame La Mort.